segunda-feira, 8 de outubro de 2018

De voltaaaa!!!

Mas como assim??? Já tá boa, já se curou?
É aquela coisa né gente... Nós nunca somos nada, apenas estamos. No momento estou bem, terei dias em que não estarei, assim como todos vocês.
Não consegui horário com a terapeuta que eu queria, estou aguardando. Enquanto isso vou vivendo. O mundo não pára.
Tenho pensado nos meus projetos para o ano que vem.
deles: Aderir ao minimalismo. Desapegar dos excessos de consumo, dos excessos de coisas que tenho em casa. Quero trazer para a minha vida na prática, o conceito de " Clean".
- E que tem a ver com o 1º, mudar a decoração. Quero romantismo no meu quarto, alegria na sala, funcionalidade na cozinha, praticidade no quarto das minhas filhas que hoje são duas adolescentes.
Tudo com sofisticação e sobriedade.
- Encerrar de vez esse processo de emagrecimento porque não aguento mais. Já eliminei bastante peso, mas ainda estou longe da meta. Culpa minha que vivo furando a dieta por bobagem. Furar a dieta por algo que amamos mais que tudo na vida é aceitável, furar por qualquer porcaria só por vício em comer é burrice. E tenho sido burra.

Pra falar a verdade não sei bem se é minimalismo o nome do que quero. Não pesquisei sobre antes de vir falar. ( me perdoem)
O meu objetivo é economizar para reduzir gastos, direcionar melhor essa grana economizada ( investir em qualidade de vida por exemplo), e comprar de forma consciente. Analisar a real necessidade antes de sair gastando por influência de redes sociais.
Não preciso ter 10 bases, 7 blushes, 5 máscaras de cílios, e outros tantos produtos. Preciso ter um kit básico para o dia-dia e alguns outros ítens para fazer uma maquiagem de festa quando for preciso.
Não preciso de 20 perfumes, 15 produtos de cuidados faciais e etc, etc, etc.
Enfim, vou fazer uma limpa do que não tenho usado porque não gosto e doar, e o que ficar vou usar até o fim e só depois adquirir outro para substituir o que acabou.
Por outro lado, coisas que estou precisando há tempos são deixadas para lá. Ex:
Roupas de cama, toalhas de banho, pisos de banheiro, preciso reformar as cadeiras da sala, trocar a cortina do quarto das minhas filhas, pintar o meu quarto e o corredor, trocar os quadros ( os que tenho eram da minha mãe e essa lembrança todo dia me faz mal), quero substituí-los... Enfim, quero qualidade de vida para a minha casa e menos futilidade na minha rotina.
Quero me alimentar de forma saudável, e abrir espaço de vez em quando para saborear algo que eu goste muito. Algo especial. E não furar minha dieta por qualquer biscoito vagabundo.
Quero mudanças reais. Que trarão benefícios não só para mim, mas para a minha família também.
E tudo será registrado aqui porque sim, estou de volta. 😃😃😃

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Transbordando...

Nunca fui de chorar por qualquer coisa. A vida nunca foi fácil pra mim, o que me tornou forte. No entanto, de uns meses para cá, o choro vem repentinamente, a qualquer hora e em qualquer lugar. Há algo errado. Sinto que andei ignorando sentimentos, principalmente referentes à morte da minha mãe, e que houve um acumulo deles. Agora me sinto transbordando. Literalmente. Não cabe mais nada em mim e as lágrimas descem como que tentando me esvaziar porque cheguei ao limite. Hora de recorrer à terapia. O que ando escondendo? Algumas coisas, de tanto pensar, acho que já consegui processar. Por exemplo: * Eu não tive culpa. Embora não me saia da cabeça o último olhar que cruzei com a minha mãe, lá dentro do cinema. Não conseguimos sentar ao lado uma da outra, ela sentou praticamente na outra ponta da fileira em que estávamos e em algum momento durante o filme, olhei para ela e cruzamos um olhar. Ela estava séria, mas não fez nenhum sinal, não me fez entender que algo acontecia. Isso se algo acontecia. Não sei. Na saída do cinema ela parecia bem. Disse que ia andando na frente porque ia fazer pastel e perguntou se eu ia para a casa dela. Disse que sim, estava apenas aguardando a mãe da coleguinha da minha filha ir buscá-la e que em seguida ia pra lá. Foi a última vez em que nos falamos. * Eu não devia ter me dopado. Devia ter vivenciado aqueles momentos de dor lúcida, para sentir o que eu tivesse que sentir naquele momento. Os calmantes me fizeram suportar tudo em compensação, quando o efeito passou, eu senti tudo de forma muito confusa. Um misto de realidade com o que eu me lembrava, no entanto sem saber a legitimidade daquilo que estava sentindo. É confuso, eu sei. * A sensação de desamparo tão esmagadora na realidade não faz sentido. Há muito tempo eu não contava mais com o amparo da minha mãe. Digo amparo emocional. Ela era contra meu casamento ( nem foi no cartório no dia em que me casei), usava tudo o que eu contava contra meu marido depois, para ofendê-lo ( se eu contasse sobre nossas dificuldades financeiras por exemplo), ela era muito nervosa então eu evitava preocupá-la. Estava tudo sempre bem na minha vida. Por pior que eu estivesse, estava sempre bem. Falávamos sobre amenidades apenas. Receitas, novelas, filmes, programas de tv, frio, calor... A barra pesada eu tinha que suportar sozinha. O colinho de mãe, eu não tinha. Não podia ter. Se ela soubesse de como eu me sentia, de tudo que se passava, teria morrido antes. Então essa sensação de desamparo que sinto não faz o menor sentido. * A saudade... Se eu for parar para me lembrar de fato quem era a minha mãe, eu acabo concluindo que não tenho do que sentir saudade. Claro que eu amo a minha mãe. Não vou dizer que amava porque foi ela quem morreu. O que eu sinto por ela só vai se findar quando eu morrer. Então eu amo a minha mãe. Mas, puxando pelas minhas memórias desde a infância... Ela nunca foi uma pessoa fácil de se amar. Amar pessoas fofas, simpáticas e dóceis é fácil certo? Pois a minha mãe sempre foi o oposto disso. Ainda assim eu tentei até o último dia fazer com que enxergasse a vida e as pessoas com outros olhos. Esse remorso eu não tenho. Sempre mostrava para a minha mãe o outro lado das situações. Ela tinha mania de perseguição. Sempre que algo desfavorável a ela acontecia, ela achava que alguém a estava prejudicando de propósito. Isso em tudo. Nas situações mais banais do dia dia. Minha mãe era preconceituosa também. Preconceito racial. No entanto era de forma bem mascarada. Ela não destratava ninguém, mas se sentia superior. Isso ficava nítido. E muito do desgosto dela em relação ao meu casamento, é porque o meu marido é negro. Então, como eu disse, a saudade que sinto não é de quem ela foi. É saudade da minha mãe. Da figura materna. É aquela agonia de saber que a pessoa que me gerou, que me colocou no mundo, que me apresentou a ele, não está mais aqui dividindo esse mesmo espaço comigo. Me deixou sozinha. A minha origem não existe mais. * Sobre a morte: Dizem que é natural né? Eu já tentei pensar assim. Que o espaço físico do planeta é limitado, que é preciso que alguns morram para que outros possam nascer, que se ninguém morresse o planeta não comportaria mais pessoas, não haveria renovação, não haveria desenvolvimento e etc, etc, etc. Já tentei até pensar da forma bíblica: " Viemos do pó e ao pó voltaremos". Mas não dá. Não dá para achar natural conviver com uma pessoa, ter com ela laços tão profundos e aceitar que ela deixe de existir assim tããão naturalmente. Ela me fez, me gerou, me pariu, me alimentou, me educou, me ensinou tantas coisas, tivemos tantos momentos ( bons, ruins, engraçados, difíceis, de cumplicidade, de brigas), ou seja, toda uma história de vida, e aí um dia ela vai ao cinema assitir ao filme que fizeram do nosso desenho favorito ( A bela e a Fera), sai dizendo que ia pra casa fazer pastel, eu fico em frente ao cinema por mais alguns minutos, depois passo numa farmácia, e mais a frente me deparo com ela caida no chão, cheia de gente em volta, aí chega os bombeiros, hospital, 1 semana de angustia e por fim, morre. Mas como assim???? E não acaba aí. A pessoa morre, mas eu tive que voltar ao apartamento dela, encarar todas aquelas coisas sem ela, decidir o que fazer ( a imobiliária me pressionando para desocupar), e eu tendo que naquele momento de dor, confusão mental, um misto de sentimentos, me desfazer do apartamento , doar coisas, remexer em tudo, roupas, documentos...enfim, é o pior momento da vida. Não... provavelmente perder um filho é pior. É tudo isso que eu disse sem as partes ruins, porque na situação inversa acho que as mães não enxergam o lado ruim dos filhos. O amor é infinitamente maior e mais complexo. Meu coração se compadece por todas as mães que já perderam um filho. Mas voltando ao assunto... é isso. É difícil, é complicado. A morte só é simples na teoria de quem nunca perdeu alguém. E aí, é que vem a parte mais complicada da minha situação: Tudo isso que eu disse acima, é o que eu já consegui processar. É a parte que eu compreendo. Maaaas,ainda assim, o choro transborda. O que mais tem aqui que eu ainda não consegui compreender/aceitar? Só Deus sabe e só a minha terapeuta poderá me ajudar. Por enquanto, valeu muito o desabafo. Se alguém passar por aqui, me perdoem por não estar retribuindo as visitas e pela ausência do blog. É passageiro. Prometo.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

TEM ALGUÉM AÍ?

A impressão que eu tenho é de que os blogs acabaram. As redes sociais conseguiram derrubar a blogosfera lamentavelmente. Acho que ninguém mais tem paciência para visitar as páginas. Tão mais fácil ver muitas e muitas dicas ao mesmo tempo no Facebook e Instagran... Mas quer saber? Eu prefiro os blogs. Sou saudosista, admito. Lembro que em 2007 meu blog estava a todo vapor. Éramos um grupo grande e muito parceiro. Contato diário, uma apoiando a outra, quase uma família. Algumas dessas amizades eu preservo até hoje, adivinhem onde? Nas redes sociais.A maioria sumiu daqui. Quando eu sumo não é porque não valorize mais esse espaço que construí com tanto carinho, é porque não tenho nada a dizer, ou tenho muito e me dá preguiça só de começar. Bom, mas vamos às atualizações dos fatos de forma bem concisa: * Estou perdendo peso, devagar, mas estou. Não sei se falei sobre o Nutri pika das galáxias em quem fui. Mas fato é que a dieta de outro planeta que ele passou pra mim não funcionou. Não que seja ineficiente, mas foi incompatível com a minha rotina. Então fiz meu próprio plano alimentar e está funcionando. * Estou malhando. Ganhei do meu marido um plano anual numa excelente academia com personal. Vou todos os dias à noite. * Decidi não voltar à faculdade. No meio do quarto período eu já estava questionando de Psicologia era realmente o que eu queria. Sempre achei que fosse até que entrei na faculdade e comecei a me questionar. Concluí o 5º período e estava no início do sexto quando minha mãe faleceu e eu decidi então trancar. * Minha pele melhorou muito. Estou usando sabonete facial, vitamina C , antissinais, e uma fórmula clareadora sem ácido. * o casamento vai bem. * minhas filhas estão bem. * O trabalho é estressante mas vai bem. A minha luta diária é realmente me manter focada em fazer boas escolhas na alimentação. Se me distraio, como biscoito no lugar da fruta, como massa no lugar do arroz com feijão e legumes. E cada vez que faço uma má escolha atraso minha perda de peso em 1 dia. Posso conscientemente preparar uma massa num almoço de fim de semana, mas não posso comer todos os dias. A questão é essa. Posso conscientemente escolher 3 biscoitos para lanche da tarde, mas não posso comprar um pacote e devorá-lo sem perceber enquanto trabalho ou assisto TV. É a distração que poe tudo a perder porque leva ao exagero. Parece simples manter o foco mas não é. Manter-se concentrada num objetivo o tempo todo enquanto cuido de outras tantas coisas no meu dia-dia é mentalmente fadigante, mas necessário. E vamos que vamos. Tem alguém aí? rs