Ódio profundo

Gente... eu tenho um ódio do tal do telefone que Deus perdoe...
Tem gente que não vive sem né? Até para o banheiro leva. Juro que não entendo... 
Aí a pessoa tá lá, NAQUELE momento e o telefone toca. É sério que tem gente que atende enquanto o sujeito do outro lado escuta os sons da privada? Pelamor...
Eu tenho celular, que me serve na verdade de relógio porque eu não uso relógio de pulso. E só.
Esqueço de levar quando eu saio o que vira motivo de discussão com minha mãe e meu marido. Eu morro de rir com o estresse deles.
As vezes quando acordo com a macaca, tiro o telefone fixo do gancho e deixo o dia todo assim. Ô maravilha! É o paraíso!
Bom mesmo devia ser quando o telefone não existia. Pelo menos do ponto de vista doméstico. Claro que eu  entendo que para trabalhar o telefone é realmente necessário, mas em casa eu o dispensaria se morasse sozinha.
Acho que sem o telefone as coisas acontecem no tempo certo, no tempo da vida. 
Hoje o telefone transformou as pessoas em grandessíssimas mimadas que querem resolver tudo na hora se tornando inconvenientes e violando a privacidade dos outros.
Ficou todo mundo afobado, precipitado. O telefone permite que todos os assuntos sejam discutidos com as emoções borbulhando, com tudo a flor da pele. Não tem dia e nem hora adequados para nada, basta ter crédito e sinal.
As pessoas desprezam a sabedoria do tempo, que nunca passa em vão.
O tempo sabe o melhor dia e hora de colocar alguém frente a frente, sabe criar a ocasião certa para abordar determinado assunto, sabe acalmar os nervos, levantar os ânimos e baixar os egos.
O tempo sabe...
As pessoas não sabem de nada.
E o telefone... bem, o telefone é um idiota!
Prontofalei!