quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um dia perfeito...

Hoje foi um daqueles dias perfeitos pra mim.
Amanheceu chovendo. Amo dias chuvosos!
Ao longo do dia foi esfriando muito, e eu acho que chuva combina com frio.
Detesto chuva de verão. Chuva com sol é um despropósito! 
É anti-poético!
Eu não gosto de sentir frio, mas só sente frio quem quer né? As roupas existem para nos proteger justamente desses momentos.
As nativas Itaperunenses me divertem muito em dias assim. Só porque a cidade é conhecida por ser muito quente no verão, elas andam nuas o ano inteiro. Tão deselegante!
Uma espiadela rápida pela janela e lá estão elas, de rasteirinha, shortinho jeans atochado no rabo e blusa de frio. Porque se não mostrar o rabo não tem graça né? Tem que vender o próprio peixe, provar que a bunda é grande e que elas estão prontas para casar. Só que não!
Mas continuando, em dias assim eu gosto de arrumar a casa, limpar bem caprichado e depois cozinhar alguma coisa para acompanhar um chocolate quente mais tarde, como um bolo ou biscoitinhos caseiros.
Aí, quando as crianças chegam da escola, elas tomam um banho morninho, colocam um pijama gostoso e fazem o dever de casa. Logo chega o maridão e depois vamos todos nos aboletar na cama para assistir desenho ou contar histórias.
Eu amo ter a minha família reunida e dias frios proporcionam isso. Em dias quentes fica cada um para um lado. As crianças brincando, eu assistindo algum programa no quarto e o marido trabalha até mais tarde.
Sabe, eu já fui muito materialista. Sonhava com uma bela casa própria, um carrão, queria "ser alguém na vida". Esse termo então, quem nunca ouviu né? Como se pra ser gente fosse preciso ter um diploma.
Com o amadurecimento eu passei a valorizar as pequenas coisas. O mais importante na vida, é viver.
A vida não é corpo, a vida é alma.
São os momentos, as amizades, o amor, a maternidade, os animais de estimação...
E daí morar de aluguel? O que importa é que eu tenho um lar feliz.
E daí não ter carro? O que importa é que para onde quer que eu vá, eu tenho companhia.
E daí não ter um diploma? O que importa é que eu tenho uma família, e com ela eu aprendo e ensino todos os dias.
Hoje eu prefiro um piquenique do que um almoço num restaurante fino. Prefiro comer cachorro-quente do que jantar fora. Não troco a minha bagunça na cama com meu marido e filhas por festa  nenhuma dessa vida.
Não tem nada mais brega do que desprezar as coisas simples para tentar ser chique.
Hoje eu me sinto uma mulher completa. Eu fiquei, namorei, me diverti, chorei, superei, me tornei uma pessoa forte, fui à festas, cuidei de casa desde os 7 anos de idade, aprendi muito, estudei, fiz amizades que tenho até hoje, fiz cursinhos, trabalhei, tive relacionamentos mais maduros, me apaixonei, fui correspondida, amei, tive filhos, hoje tenho uma casa, marido...enfim, eu vivi e vivo intensamente todos os dias.
Claro que esperamos sempre dias melhores, mas isso não tem necessariamente relação com a aquisição de alguma coisa material. O que eu mais valorizo hoje, é a paz!


2 comentários:

  1. adoro a simplicidade da vida.. ainda mais ke sou caseira.. adoro um canto pra eu me recostar e observar.. observo tudo e todos.. bjokas lindeza e sucesso sempre

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  2. Concordo com vc, Linda! Mas a verdade é que a sociedade nos exige tb... Quem faz "menos"que trabalhar e ter diploma acaba sendo tachado de acomodado. É uma obrigação vendida a de que temos que "ser alguém" na vida. Colocar-se diante de todos dizendo que se é feliz sem nada do que se prega como condição para a felicidade (bens, estudo, trabalho e passeios) exige uma força - que só os não-acomodados - têm.

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