Hoje não precisei sair de casa, finalmente!
Por outro lado me deixei abater. Não fiz meu serviço como faço sempre e fiquei triste a maior parte do tempo.
A Lia não voltou e eu já perdi as esperanças de que isso aconteça. Imaginei que voltaria quando sentisse fome, mas já se passaram três dias, então ela já sentiu fome, sede, frio e ainda assim não voltou. Ou alguém pegou, ou ela morreu por aí. Mesmo sabendo que eu fiz tudo o que pude por ela no período em que viveu comigo eu não consigo me livrar da sensação de culpa. Eu devia tê-la castrado, devia ter colocado uma coleirinha com o nosso telefone de contato...eu devia, mas não fiz. Não achei que aconteceria algo. Ela tinha de tudo aqui e nunca me passou pela cabeça que desejaria sair para conhecer a paisagem que ela tanto olhava pela varanda. O sinal estava na minha cara todos os dias e eu não percebi.
Que outro sinal está na minha cara agora e que não estou vendo? Fico pensando nisso...
Será que os recentes desentendimentos entre meu marido e eu são um sinal? A febre da Giulia é um sinal?
Que tantas outras coisas estiveram na minha cara todo esse tempo e eu não vi? O que poderia ter sido evitado?
O ser humano tem uma tendência à negação que o coloca em situações como essa.
Toda briga é uma briguinha a toa, toda febre é uma febre de nada, todo olhar vago ao longe é apenas um olhar... Nunca nos perguntamos onde isso vai dar, o que essas coisas significam.
Claro que estar na TPM também não ajuda em nada na minha situação.
A vontade de doces não apareceu dessa vez porque meu organismo está bem nutrido, mas eu já identifiquei os outros sintomas: Raciocínio rápido como uma flecha, língua afiada como uma faca, humor negro, pessimismo e intestino preso. Essa é a minha TPM.
A Giulia está bem. A febre dela só aparece à noite, sempre no mesmo horário. Pela minha experiência como mãe, isso é um aviso de que a garganta dela irá inflamar. Ela está ativa, se alimentando bem, mas por volta das 19hs começa a ficar sonolenta, a tremer de frio e o termômetro logo confirma o estado febril que tem ficado entre 37.8° e 38.6°. Com apenas uma dose de paracetamol ela passa e não retorna. Claro que ter descoberto o "modus operandi" da febre da Giulia não me impede de vigiá-la a noite toda. De duas em duas horas e vou verificar a febre e consigo cochilar tranquila nos intervalos.
Hoje comi um pouco mais do que ontem. Tenho muito medo da restrição de carboidratos e eu tenho comido menos do que devia. Sem eles, o organismo entra em estado de alerta e utiliza a massa muscular como fonte de energia para poder reservar as gorduras.
Como o corpo entende essa privação como doença, ele tenta se livrar dos músculos porque estes gastam mais energia para se manterem exigindo muito de um organismo debilitado. É um sistema de defesa perfeito criado por Deus para ajudar na nossa recuperação durante uma enfermidade.
A proposta da minha dieta é que antes das 15 horas sejam feitas 4 refeições com carboidratos( café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde 1) e após as 15hs sejam feitas 3 refeições sem carboidratos ( lanche da tarde 2, janta e ceia).
Eu já adaptei a dieta aos meus horários porque nem sempre eu faço esse lanche da manhã e eu também não tenho o costume de jantar, então eu preciso administrar os meus horários para fazer o lanche da tarde 1 como deve ser feito. Hoje no entanto, eu perdi a hora de novo.
8hs.
Tá vendo esse bolinho aí? Eu resisti a ele ontem de noite e guardei o meu pedaço para comer hoje no café da manhã.
Ao lado pão com requeijão light, e uma xícara de leite com achocolatado.
Meu pão integral acabou e eu me recusei a pagar R$7,00 num pacote no mercado aqui do bairro.
Quando estiver com disposição vou atrás de um preço melhor.
11hs.
Parte do meu almoço:
Uma empadinha de frango.
Tirei aquela casquinha de cima que gruda no meu céu da boca.
Tão pequena que isso que parece um prato é na verdade um pires de chá.
12hs.
Costelinha com inhame.
Não consigo comer inhame e nem aipim com arroz.
Acho que pesa muito.
Fiz na panela de pressão com pouco óleo, muitos temperos e ficou delicioso.
Inhame é um tubérculo e vale como carboidrato.
15hs.
Melancia e pêssego.
Eu comprei essa fruta como pêssego, mas estava parecendo mais uma nectarina.
18hs.
Mingau de aveia.
Leite desnatado, aveia e açúcar Demerara.
Como vocês tem visto, eu não tenho medo de comer maionese, abacate, frutas ou açúcar. Nada é proibido.
Não adianta cortar alimentos agora que você voltará a comer depois que emagrecer. É preciso aprender a consumir de tudo sem exageros.
Eu sei que dá medo. Sei que a pressa nos leva a medidas drásticas. Mas acreditem, eu já experimentei todas as dietas existentes e após atingir a minha meta não consegui manter nenhuma delas.
É impossível passar o resto da vida sem comer o que gostamos. Isso gera ansiedade, que gera compulsão, que gera sentimento de culpa, que nos faz sentir que somos fracas, derrotadas e que nos faz comer mais e mais...Inicia-se assim aquele ciclo do mal no qual eu estava e muitas de vocês também.
Moderação é o segredo.
Beijos e mais beijos!
Por outro lado me deixei abater. Não fiz meu serviço como faço sempre e fiquei triste a maior parte do tempo.
A Lia não voltou e eu já perdi as esperanças de que isso aconteça. Imaginei que voltaria quando sentisse fome, mas já se passaram três dias, então ela já sentiu fome, sede, frio e ainda assim não voltou. Ou alguém pegou, ou ela morreu por aí. Mesmo sabendo que eu fiz tudo o que pude por ela no período em que viveu comigo eu não consigo me livrar da sensação de culpa. Eu devia tê-la castrado, devia ter colocado uma coleirinha com o nosso telefone de contato...eu devia, mas não fiz. Não achei que aconteceria algo. Ela tinha de tudo aqui e nunca me passou pela cabeça que desejaria sair para conhecer a paisagem que ela tanto olhava pela varanda. O sinal estava na minha cara todos os dias e eu não percebi.
Que outro sinal está na minha cara agora e que não estou vendo? Fico pensando nisso...
Será que os recentes desentendimentos entre meu marido e eu são um sinal? A febre da Giulia é um sinal?
Que tantas outras coisas estiveram na minha cara todo esse tempo e eu não vi? O que poderia ter sido evitado?
O ser humano tem uma tendência à negação que o coloca em situações como essa.
Toda briga é uma briguinha a toa, toda febre é uma febre de nada, todo olhar vago ao longe é apenas um olhar... Nunca nos perguntamos onde isso vai dar, o que essas coisas significam.
Claro que estar na TPM também não ajuda em nada na minha situação.
A vontade de doces não apareceu dessa vez porque meu organismo está bem nutrido, mas eu já identifiquei os outros sintomas: Raciocínio rápido como uma flecha, língua afiada como uma faca, humor negro, pessimismo e intestino preso. Essa é a minha TPM.
A Giulia está bem. A febre dela só aparece à noite, sempre no mesmo horário. Pela minha experiência como mãe, isso é um aviso de que a garganta dela irá inflamar. Ela está ativa, se alimentando bem, mas por volta das 19hs começa a ficar sonolenta, a tremer de frio e o termômetro logo confirma o estado febril que tem ficado entre 37.8° e 38.6°. Com apenas uma dose de paracetamol ela passa e não retorna. Claro que ter descoberto o "modus operandi" da febre da Giulia não me impede de vigiá-la a noite toda. De duas em duas horas e vou verificar a febre e consigo cochilar tranquila nos intervalos.
Hoje comi um pouco mais do que ontem. Tenho muito medo da restrição de carboidratos e eu tenho comido menos do que devia. Sem eles, o organismo entra em estado de alerta e utiliza a massa muscular como fonte de energia para poder reservar as gorduras.
Como o corpo entende essa privação como doença, ele tenta se livrar dos músculos porque estes gastam mais energia para se manterem exigindo muito de um organismo debilitado. É um sistema de defesa perfeito criado por Deus para ajudar na nossa recuperação durante uma enfermidade.
A proposta da minha dieta é que antes das 15 horas sejam feitas 4 refeições com carboidratos( café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde 1) e após as 15hs sejam feitas 3 refeições sem carboidratos ( lanche da tarde 2, janta e ceia).
Eu já adaptei a dieta aos meus horários porque nem sempre eu faço esse lanche da manhã e eu também não tenho o costume de jantar, então eu preciso administrar os meus horários para fazer o lanche da tarde 1 como deve ser feito. Hoje no entanto, eu perdi a hora de novo.
8hs.
Tá vendo esse bolinho aí? Eu resisti a ele ontem de noite e guardei o meu pedaço para comer hoje no café da manhã.
Ao lado pão com requeijão light, e uma xícara de leite com achocolatado.
Meu pão integral acabou e eu me recusei a pagar R$7,00 num pacote no mercado aqui do bairro.
Quando estiver com disposição vou atrás de um preço melhor.
11hs.
Parte do meu almoço:
Uma empadinha de frango.
Tirei aquela casquinha de cima que gruda no meu céu da boca.
Tão pequena que isso que parece um prato é na verdade um pires de chá.
12hs.
Costelinha com inhame.
Não consigo comer inhame e nem aipim com arroz.
Acho que pesa muito.
Fiz na panela de pressão com pouco óleo, muitos temperos e ficou delicioso.
Inhame é um tubérculo e vale como carboidrato.
15hs.
Melancia e pêssego.
Eu comprei essa fruta como pêssego, mas estava parecendo mais uma nectarina.
18hs.
Mingau de aveia.
Leite desnatado, aveia e açúcar Demerara.
Como vocês tem visto, eu não tenho medo de comer maionese, abacate, frutas ou açúcar. Nada é proibido.
Não adianta cortar alimentos agora que você voltará a comer depois que emagrecer. É preciso aprender a consumir de tudo sem exageros.
Eu sei que dá medo. Sei que a pressa nos leva a medidas drásticas. Mas acreditem, eu já experimentei todas as dietas existentes e após atingir a minha meta não consegui manter nenhuma delas.
É impossível passar o resto da vida sem comer o que gostamos. Isso gera ansiedade, que gera compulsão, que gera sentimento de culpa, que nos faz sentir que somos fracas, derrotadas e que nos faz comer mais e mais...Inicia-se assim aquele ciclo do mal no qual eu estava e muitas de vocês também.
Moderação é o segredo.
Beijos e mais beijos!