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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Conclusões finais sobre " A cabana".

Terminei o livro ontem mesmo. No fim, posso dizer que gostei porque de alguma forma ele me provocou e me fez pensar, questionar e sinceramente eu não acho que Deus se aborreça com isso.
Se eu quero entendê-lo é porque eu me importo e porque quero me tornar uma pessoa melhor para agradá-lo.
Ninguém está livre de passar por uma situação dessas, e se isso me acontecesse hoje, muito provavelmente Jesus perderia uma de suas ovelhas porque por não entender e não aceitar, eu deixaria de acreditar, de confiar e me afastaria para sempre.
No fim, o deus do livro não respondeu às questões de Mack, e nem as minhas. Ele respondeu as perguntas com as respostas mais evasivas possíveis, mas não às questões.
Uma grande contradição em duas passagens serão uma incógnita para sempre.
Na página 125, Mack pergunta a Deus se ele fez com que sua filha morresse para ter a oportunidade daquele encontro com ele e mudá-lo.
A resposta foi a seguinte:
" Mack, eu crio um bem incrível a partir de tragédias indescritíveis, mas isso não significa que eu a provoquei ou que preciso delas para realizar meus propósitos. Essa crença só vai levá-lo a ideias falsas a meu respeito. A graça não depende da existência do sofrimento, mas onde há sofrimento você encontrará a graça de inúmeras maneiras."
Lindo não? E aproveitável sem dúvida, mas fora do contexto do livro.
Na página 150, num novo diálogo entre Mack e Deus, surge novamente a questão da morte da Missy e Deus diz:
" Eu poderia ter impedido o que aconteceu com Missy? A resposta é sim."
E diante do olhar interrogativo de Mack ele continua:
" ... inteferir no caso de Missy não era uma opção por causa de propósitos que você não pode entender agora".
É contraditório ou não é? E nisso, Mack e eu continuamos sem entender porque, afinal, Missy morreu.
Por outro lado, a parte em que fala sobre perdão eu gostei bastante.
Eu tenho uma dificuldade enorme em perdoar as pessoas. Já sei de todo aquele blá blá blá sobre "você deve perdoar quem peca contra você para que Deus te perdoe pelos seus pecados". Nhé!
Por isso Ele é Deus e eu sou uma reles humana que vai virar comida de verme um dia.
Eu não consigo e pronto! Desejo a morte de muitas pessoas todas os dias. Tá, não muitas, mas de algumas. Acho mesmo que o mundo seria melhor sem elas e o fato de eu desejar não faz com que nada aconteça. Elas continuam lá, vivíssimas da silva fazendo o mal com suas falsidades, intrigas, mentiras, e maldade pura e simples. Elas tem algo de bom? Sem dúvida.
A Susane Von Richthofen também tem, assim como Alexandre Nardoni e Ana carolina Jatobá, o maníaco do parque, os caras que arrastaram o menino João Hélio pelas ruas até a morte e muitas outras celebridades do chilindró.
Difícil pensar assim? Pois é...
Então, a respeito do perdão o deus do livro fala na página 152:
" Perdoar não significa esquecer, Mack. Significa soltar a garganta da outra pessoa.
O perdão não estabelece um relacionamento.
Mack, perdoar esse homem é entregá-lo a mim e permitir que eu o redima."
Isso eu consigo fazer. E desde ontem eu deixei de desejar que pessoas que já me feriram morram. Bom né?
Bom pra mim que consegui me livrar de pensar nelas todos os dias. Elas nunca sofreram pelos meus pensamentos. Sequer sabiam da existencia deles.
Mas eu sempre ouvi que se uma pessoa não conseguia esquecer um fato, então não havia perdoado de verdade. E eu vivia com aquela ideia de que era um absurdo ter que esquecer e ainda ser amiguinha e receber na minha casa pessoas que já me provaram que não mereciam a minha confiança e a minha amizade.
Agora eu me senti confortável com a possibilidade de simplesmente soltar a garganta da outra pessoa e entregá-la a Deus sem o compromisso de ter que estabelecer um relacionamento novamente com elas. Isso está sendo renovador para mim.
Se essa é a vontade do Deus verdadeiro eu nunca vou saber, mas se está me fazendo bem e livrando algumas pessoas mesmo que sejam grandissíssimos filhos da puta de terem suas vidas amaldiçoadas todos os dias, creio que ELE não irá se importar se eu pensar assim.
Bom, no fim das contas, Mack estava sonhando.
Ele acordou num hospital e soube que sofreu um acidente na sexta-feira, dia em que saiu de casa para retornar à cabana. Ou seja, Mack sequer esteve lá, ou esteve e voltou e nessa volta sofreu o acidente.
O autor no Posfácio afirma que Mack existe e que a história é verdadeira e que apenas esse "final de semana com Deus" é que é parte da lembrança de Mack enquanto esteve desacordado.
Mas será que só porque Mack esteve desacordado é tudo mentira?
O fato é que informações que Deus deu a Mack nesse "encontro" o levaram junto à polícia até os restos mortais de sua filha e das outras crianças mortas pelo "matador de meninas" o que possibilitou  um enterro digno`a Missy e a prisão preventiva e posterior julgamento do assassino.
O autor não entra em detalhes sobre esse julgamento e nem sobre a pena aplicada ao criminoso.
Existe até um convite nas últimas páginas do livro para participar do "Projeto Missy", mas os detalhes estão num site em inglês e eu ainda não fui olhar com calma do que se trata.
Eu gostei do livro.
Ele provoca, incomoda e levanta questões polêmicas. Nos faz colocar o lixo pra fora e isso é bom porque toda faxina que posteriormente deixa a nossa casa limpa e organizada começa a partir de uma enorme bagunça.
As partes das quais não gostei se devem à visão limitada que tenho das coisas. Visão fabricada que eu comprei assim como compramos macarrão instantâneo no mercado.
A Bíblia é um mistério e cada um interpreta à sua maneira e repassa a ideia. As religiões são grupos de pessoas que pensam da mesma forma e se reunem para convencer aos outros. Funciona e nem sei o que seria do mundo se não fossem esses freios que as religiões colocam nas pessoas, mas sendo sincera, eu ainda acho que os frequentadores compram ideias pré-fabricadas.
A partir do momento em que nos despimos de tudo o que vestiram em nós, podemos começar a tecer nossa própria vestimenta.
Esse livro não fala de religiões e nem da bíblia. Ele fala de Deus pura e simplesmente, a partir claro, do ponto de vista de outra pessoa baseada numa experiência real, e portanto, quem comprar a ideia estará comprando também uma ideia pré-fabricada.
A minha sugestão para quem o ler é que aceitem a provocação, coloquem o lixo para fora e comecem a viver uma nova experiência com Deus baseada em suas próprias experiências pessoais.
Se nada na nossa vida acontece por acaso, então é porque existe um propósito em tudo. E se existe um propósito em tudo e todos nós temos vidas diferentes uns dos outros, comprar ideias pré-fabricadas e nos relacionar com Deus baseados em experiências de terceiros é passar por tudo isso em vão.
Vou reler esse livro muitas vezes e tenho certeza de que ao final de cada leitura terei uma opinião diferente, mas por enquanto, isso foi o que aprendi.
Recomendo. De verdade.

domingo, 27 de maio de 2012

Doideira hein...


 Eu já tive tantas variações de humor hoje...
Acordei com cara de bunda, tomei café da manhã em "estado de graça", tomei banho eufórica cantando e pulando, fiz almoço desanimada, almocei feliz, e estou agora cheia de preguiça.
Nem sentei no pc hoje, coloquei o note do marido no colo e estou aqui na cama fuçando tudo na internet.
Já assisti " Os Goonies" num site de filmes, já aprendi que o selo Kosher é um controle de qualidade Judeu para alimentos que são produzidos e armazenados seguindo todas as regras da religião Judaica... e o que foi aquela "Marcha das Vadias" hein?
Será que algum estuprador ao ver aquilo pensa:
" É verdade. As mulheres estão certas. Nunca mais vou estuprar ninguém" e vai pra casa ver televisão? Sei não viu...
Eu acho que elas ficaram com os peitões de fora a toa.
Eu fui me inteirar do assunto pra não falar besteira.
O tal movimento é o seguinte:

 " A Marcha das Vadias ou Marcha das Vagabundas (em inglês: slutwalk) iniciou-se em 3 de abril de 2011 em Toronto no Canadá e desde então tornou-se um movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o mundo. A Marcha das Vadias protesta contra a crença de que as mulheres que são vítimas de estupro pediram isso devido as suas vestimentas. As mulheres durante a marcha usam roupas provocantes: como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas o sutiã.
Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto. Dai então o policial Michael Sanguinetti fez uma observação para que "as mulheres evitassem se vestirem como vadias (sluts, no inglês original), para não serem vítimas". O primeiro protesto levou 3000 pessoas às ruas de Toronto."

 
Na boa? Eu não consigo achar que o policial esteja errado.
Eu sou mulher também. Hoje sou casada, sou mãe, mas já fui jovem (ah não, jovem eu sou ainda) deixa eu corrigir; já fui solteira, e saía com as minhas amigas como todo jovem faz.
Mas nunca entendi, nem antes e nem agora, o motivo de tanta exposição e vulgaridade.
Tem mulher que dá mole para o azar.
Se veste de forma provocante, ignora que homem tem instindo sexual e que não vincula sexo com relacionamento como nós e desfila pelas ruas seja a hora que for, sozinha ou acompanhada se valendo apenas do direito de ir e vir com roupas que não cumprem o papel para o qual foram destinadas que é o de vestir.
E que homem sozinho, na seca, cheio de tesão vai respeitar isso?
Isso dá direito a eles de fazerem isso? NÃO.
Mas tem que ser muito idiota para achar que só porque não pode não será feito.
Está solteira? Quer provocar e chamar atenção? Ok. Mas lembre-se que vai chamar a atenção de quem você quer mas de quem você não quer também.
Não beba nas festas contando que será levada para casa por amigos, cu de bêbado não tem dono.
É comprometida? Então guarde os peitos e a bunda para mostrar na hora certa para a pessoa certa.
Tem filhos pequenos? Cuide. Vigie. Se é viúva ou divorciada e está de namorado novo não o leve para casa.
Observe o comportamento dos seus filhos. Menino ou menina, criança ou adolescente. Pergunte se está tudo bem, se tem algo que queiram contar, se estão felizes ou tristes.
Aconselhe a sua filha a se vestir de forma decente. Isso não significa ser careta, mas sim elegante.
Mulheres bem vestidas não provocam sentimentos passionais.
Além do mais, estupradores evitam mulheres que estejam com roupas difíceis de tirar.
Isso tudo garante que nunca irá acontecer? NÃO.
Mas diminui muito as chances e evita a sensação esmagadora de culpa caso um dia aconteça algo.
E que Deus nos livre!









sexta-feira, 13 de abril de 2012

Rio, o filme.




Sei não, mas eu acho que o filme "Rio" foi feito mais para esculachar do que para promover e homenagear o Rio de Janeiro.
Na primeira vez eu assisti empolgada com as crianças e nem prestei muita atenção na história. É tanta música, lindas paisagens e de um colorido que eu nunca vi em outros desenhos.
Na segunda vez eu assisti com a família toda, crianças, marido, vovó e foi aquela diversão com pipoca e tudo.
Na terceira eu assisti sozinha, atenta a cada detalhe e de aí sim eu percebi...
Os macacos roubam os turistas, a arara azul foi encontrar felicidade e proteção em outro país, foi para o Brasil para colaborar com a perpetuação da espécie e passou por inúmeros perigos porque o segurança não se aguentou ao ouvir um samba no rádio e se distraiu soltando a franga, o personagem Túlio deixa claro numa cena que a cidade pára no carnaval, em todas as cenas de favela só aparecem as pessoas sambando e assistindo futebol e em nenhum momento procuraram a polícia para ajudar na captura dos bandidos, como se não valesse a pena ou não adiantasse.
Ainda que tudo isso fosse verdade, pra que mostrar para o mundo todo somente os defeitos de uma das cidades que mais movimenta o comércio através do turismo no país?
De bom só apareceram as paisagens. 
Tá, o Rio é lindo, mas macaco ladrão? Tráfico de animais? Uma cidade inteira que só sabe sambar e assistir futebol? Profissionais sem competência? Francamente né...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pronto, falei!

Ontem lá estava eu... De pijaminha vasculhando a Tv atrás de alguma coisa interessante.
Nos canais por assinatura nada. Num lugar estava passando Piratas do Caribe ( nunca entendi esse filme), no outro um desenho desanimado ( Os Simpsons) e por aí vai...
Resolvi dar uma volta pela Tv aberta, quem sabe...
Faustão, filme de suspense, e acabei parando na Band onde estava passando um "documentário-realit show" onde uma equipe de TV anda junto com um carro da PM registrando as ocorrências.
Se não fosse trágico seria muito engraçado, mas duas situações me deixaram indignada.
Uma chamada foi feita pelo rádio. Um homem estava agredindo pessoas na rua sem motivo.
O carro da polícia foi até o local e encontrou o sujeito. As pessoas estavam desesperadas.
Ele agredia quem passava, jogava pedras nos carros e esmurrava os portões das casas.
Os policiais se aproximaram. Perguntaram o que estava acontecendo a ele e o sujeito era incapaz de proferir uma frase com sentido. Dizia que era um super herói, que era o Hulk e disse ao policial que ia bater nele. (!)
O policial muito calmo e paciente perguntou: Você vai me bater? Porque? Eu vim te ajudar.
Ao que o homem respondeu: Vou bater porque eu quero, não consigo me controlar. (!!)
O cara parecia possuido. Mantinha os punhos cerrados, e repetia sem parar que ia bater no policial.
O que a polícia fez? Nada. Apenas perguntou onde o cara morava e o mandou ir descansar.
Assim, como se fosse uma donzela estressada.
Foram atender a outras ocorrências e a uma  nova chamada para o mesmo local de antes.
O mesmo cara continuava aterrorizando as pessoas na rua.
A polícia voltou lá, de novo conversou como se estivessem lidando com uma criancinha, e diante da bananisse dos policiais, ele simplesmente agrediu algumas pessoas ali, na frente da polícia.
Não tendo mais como correr, a polícia teve que algemá-lo e levá-lo para a delegacia. Com todo cuidado. Uma nota depois apareceu dizendo que foi registrada a ocorrência e o cara foi liberado.
Nova ocorrência.
A polícia aborda um carro que estava parado, com o vidro embaçado, após uma denúncia de atentado ao pudor.
Não dava para ver nada, quem já deu uns amassos dentro de um carro sabe que o vidro embaça quando a coisa esquenta e a visibilidade é praticamente zero.
Masss, algum mal amado passou, viu o vidro embaçado, deduziu o que estava acontecendo, se incomodou e deu queixa.
A polícia mais do que depressa esmurrou o carro e mandou que saíssem.
De lá saiu um homem e um travesti. Claro que foram alvo de piadinhas e deboche.
Não foram tratados com metade da delicadeza que o  homem agressivo tinha sido.
Tiveram os documentos conferidos e foram imediatamente conduzidos para a delegacia no carro da polícia.
Agora, deixa eu entender...
Cuidar do fiofó alheio é mais importante do que garantir a paz e segurança dos moradores e transeuntes das ruas? É isso mesmo?
Nunca vou entender... Nunca!