Peso: A raiz do problema.

Êêêêê!!!
Finalmente chegou o dia do desafio. Estava ansiosa porque sozinha eu não estava conseguindo.
Quando a vontade de comer batia, eu não conseguia controlar e comia. E me arrependia depois.
Não é normal comer e se arrepender concordam?
Precisamos comer para viver. Isso deveria ser algo natural e não motivo de arrependimento e culpa.
Mas se isso acontece é porque sabemos que estamos fazendo algo que está nos prejudicando. E eu estou vendo que está me prejudicando. Meu peso aumenta a cada dia, minhas formas estão cada vez mais redondas. O meu arrependimento e culpa nascem dessa percepção.
Graças a Deus eu a tenho. Pior é quem não enxerga, não aceita, e coloca culpa na genética, no anticoncepcional, no estresse do dia-dia, nas gestações, na ansiedade, no TCC, na doença da mãe, da vó, da tia, na morte do cachorro...
E o que essas situações tem a ver com o que colocamos na boca? Virar uma lata de lixo vai resolver os problemas?
Eu assumo: A responsabilidade pelo meu peso excedente é minha e só minha. 
Gosto de comer.
Amo salgadinhos, amo biscoitos, bolos, doces. 
Não ligo para bebidas. Não bebo cerveja e nem faço questão de refrigerante. O meu negócio é comer.
Os meus maus hábitos vem de longe. Minha mãe nunca nos criou regras quanto à alimentação.
Podia trocar o almoço por um lanche, podia almoçar na hora que quisesse e até mesmo não almoçar. 
Podia escolher. Que isso fique claro. Não culpo a minha mãe. Ela me permitia escolher.
Nunca jantei. Todas as noites fazia um lanche.
De manhã, até os 10 anos de idade, eu tomei uma mamadeira levada na cama pela minha mãe. Depois que desmamei eu comia o que queria, quando queria e se queria.
Nunca sentamos à mesa para fazer as refeições. Cada um comia no seu canto preferido.
E assim fui crescendo, sem regras, sem disciplina e sem limites.
Isso não me atrapalhou em nada até eu ficar mais velha, começar a ganhar peso e a me sentir infeliz com isso.
Apesar dos maus hábitos eu fui uma criança e adolescente magra. Sempre usei as roupas que quis, nunca sofri preconceitos ou discriminação por conta da minha aparência e isso me prejudicou a enxergar que um dia teria problemas.
Tenho amigas que foram adolescentes obesas e hoje são magras, porque se incomodaram mais cedo.
Agora, aos 32 anos e com o metabolismo começando a ficar lento, isso está me prejudicando e eu estou tendo que corrigir na marra anos e anos de alimentação desregrada.
Não é fácil.
Comer era algo automático pra mim. Ligava a televisão e imediatamente procurava um pacote de biscoitos.
Colocava o pé na rua e tinha que passar na lanchonete e comer um salgado e um doce.
Sentia vontade de comer doce e era fácil, pegava uma caixa de leite condensado, Nescau, e fazia brigadeiro.
Eu não passava vontade. Nunca soube o que é ter privações alimentares e lidar com isso é estranho pra mim.
Mas eu preciso e vou conseguir.
Nesse desafio eu gostaria de eliminar 6.9kg, para chegar aos 60kg e daí estabelecer nova meta.
O meu sonho é voltar aos 50kg, peso que tinha até engravidar pela segunda vez. Mas se for pedir muito tudo bem, a questão é que não posso pesar mais de 55kg por conta da minha baixa estatura.
Só não consegue quem desiste. Bora lá!
Beijosss!